Entenda como definir o preço de venda na indústria e garantir a competitividade

Entenda como definir o preço de venda na indústria e garantir a competitividade
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Não é novidade para ninguém que o preço é um dos fatores determinantes para a aquisição de um produto. Isso ocorre no comércio, na prestação de serviços e, é claro, também no setor fabril. Mas para definir o preço de venda na indústria, mais do que ter como ideal atrair o cliente com um valor baixo, é preciso levar em conta diversos fatores, tanto internos como externos.

Isso porque a precificação de produtos é um processo fundamental para garantir a sustentabilidade da empresa. Imagine, por exemplo, como seria prejudicial para a gestão financeira vender um artigo a um preço menor que o da concorrência, mas que não gerasse recursos nem mesmo para pagar os custos e despesas de sua produção! Nada promissor, não é verdade?

Pensando na importância desse processo, elaboramos este artigo que explica como calcular o preço de venda na indústria com muito mais assertividade, garantindo o crescimento do seu negócio. Acompanhe!

As maneiras de fazer a precificação do seu produto

Para definir o preço de venda de um produto é fundamental entender quais são os custos e despesas implicados em sua produção. Afinal, sem saber quanto você gastou para fabricar uma peça, é, no mínimo, perigoso estabelecer um preço para ela. E é aí que entra em campo a gestão de custos! Já falamos bastante dela aqui no blog, então, para relembrar o assunto, você pode clicar aqui!

Cientes disso, vamos aos cálculos. Existem diversos modos de calcular o preço de venda na indústria e cada empresa deve analisar qual é o melhor para o seu negócio. Aqui, vamos apresentar três deles.

O primeiro, leva em conta os custos fixos (CFU), que são aqueles que não variam em relação à produção ou o ritmo de vendas; o custo variável de produção (CVP), que é o gasto que pode variar conforme a demanda produtiva; e o custo variável de venda (CVV), que é gasto que sofre alteração de acordo com o ritmo de vendas. E também a margem de lucro pretendida pelo empreendimento. Ele é calculado por meio da seguinte fórmula:

Preço de venda = (CVP + CFU) / 1 – [(CVV + margem de lucro)/100]

Vamos ver um exemplo prático. Imagine uma fábrica de chapéus que produziu 600 peças em um mês com custos fixos de R$ 20, custos variáveis de produção de R$ 25 e custos variáveis de vendas de 26% por produto. Além disso, conforme o planejamento estratégico da empresa, o gestor decidiu que uma boa margem de lucro para o negócio seria de 30%. Aplicando a fórmula, teríamos este cálculo:

Preço de venda = 25 + 20/[1 – (26 + 30)/100]
Preço de venda = 45/1 – (56/100)
Preço de venda = 45/1 – 0,56
Preço de venda = 45/0,44
Preço de venda = 102,27

Dessa forma, de acordo com os custos e a margem de lucro definida pelo negócio, cada chapéu deveria ser comercializado por R$ 102,27.

Markup

Também é possível chegar ao preço de venda por meio do markup, um índice que leva em consideração os custos de produção e a margem de lucro pretendida. Nele, os custos fixos e variáveis de vendas devem ser apresentados em forma de percentual e o custo de produção, dado em reais, é acrescentado apenas ao fim da fórmula. Imagine que determinado chapéu produzido tenha esses índices: 20% de custos fixos, 24% de custos variáveis de vendas, custos de produção que somam R$ 25 e a margem de lucro desejada pela indústria seja de 30%. O índice de markup seria calculado dessa maneira:

Markup = 100/100 – (custos fixos + custos variáveis de vendas + margem de lucro)
Markup = 100/100 – (20+24+30)
Markup = 100/100 – 74
Markup = 3,84

Ao fim, multiplica-se o valor dos custos de produção ao markup para chegar ao preço de venda:

Preço de venda = markup x custo de produção
Preço de venda = 3,84 x 25
Preço de venda = R$ 96

Assim, pelo índice de markup, cada chapéu deveria ser comercializado por R$ 96.

Margem de contribuição

Há ainda outra forma de definir o preço de venda de um produto, desta vez, pela margem de contribuição. Esse índice diz respeito ao valor que sobra como lucro para custear as despesas fixas após a subtração das despesas com vendas e custos variáveis de produção. A fórmula para calculá-la é:

Margem de contribuição = valor das vendas – (custos variáveis + despesas variáveis)

Nesta fórmula, o valor das vendas diz respeito ao preço final pelo qual um produto é vendido, enquanto os custos variáveis se relacionam aos custos de produção e as despesas variáveis são aquelas relacionadas às vendas, como impostos e comissões.

Assim, considerando que a empresa tem vendido cada chapéu a R$ 98, os custos variáveis representam R$ 25 e as despesas variáveis somam R$ 24, o cálculo, considerando a venda de um único produto, seria aplicado dessa maneira:

Margem de contribuição = 98 – (25 + 24)
Margem de contribuição = 98 – 49
Margem de contribuição = 49 (50%)

A partir da definição da margem de contribuição, o administrador pode ter mais segurança na definição do preço de venda, pois sabe o quanto é necessário para cobrir os custos fixos e ainda obter lucro, garantindo a sustentabilidade das operações.

Calcule o preço de venda na indústria

Como você viu, há vários instrumentos que contribuem para uma precificação assertiva. Cabe ao gestor escolher aquela que mais se adapta ao seu modelo de negócio e, assim, obter mais segurança, competitividade e lucratividade ao definir o preço de venda na indústria.

Neste processo, ter a tecnologia como aliada é fundamental. Os softwares de gestão empresarial, como o ERP Radar Empresarial, que oferecemos aqui na Teklamatik, por exemplo, agregam informações sobre todas as áreas da empresa e, assim, facilitam o controle dos custos, a análise das receitas e vários outros indicadores com agilidade e organização.

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